EFEITO CORONAVÍRUS
Abate de bovinos no 2º semestre é o menor para o período desde 2011, diz IBGE
A quarentena, iniciada em março por conta da pandemia da Covid-19, influenciou na queda em meio as incertezas econômicas internacionais
O Brasil registrou o menor número de abates de bovinos em um segundo semestre desde 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre abril e junho deste ano, foram abatidas 7,3 milhões de cabeças sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
Essa quantidade foi 8% inferior à obtida no segundo trimestre de 2019 e 0,3% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior. Na comparação mensal, abril apresentou a maior queda em relação à 2019, com 15,1% de cabeças abatidas a menos. Por outro lado, em junho foi detectado um aumento de 1,8%.
Segundo o IBGE, a quarentena iniciada no fim de março de 2020, por conta pandemia da Covid-19, pode ter causado o maior impacto no mês subsequente, devido à reestruturação do setor para se adaptar ao cenário adverso. O abate de 638,11 mil cabeças de bovinos a menos no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado por reduções em 22 das 27 Unidades da Federação (UFs).
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Entre aquelas com participação acima de 1%, as reduções mais significativas ocorreram em: Mato Grosso (-165,71 mil cabeças), Pará (-92,23 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-75,54 mil cabeças), Rondônia (-67,64 mil cabeças), Bahia (-51,51 mil cabeças), São Paulo (-34,38 mil cabeças), Goiás (-32,3 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-31,88 mil cabeças), Tocantins (-22,06 mil cabeças), Maranhão (-17,4 mil cabeças) e Acre (-16,96 mil cabeças).
Em contrapartida, as maiores variações positivas ocorreram em: Santa Catarina (+14,06 mil cabeças) e Minas Gerais (+10,04 mil cabeças). No ranking dos estados, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,5%) e São Paulo (10,7%).