ARROBA PERDE FORÇA
Boi gordo: vendas no mercado físico avançam e preços seguem em queda
Os negócios fluíram de maneira satisfatória nas principais regiões de comercialização, com os pecuaristas aceitando valores menores, diz Safras
O mercado físico de boi gordo teve preços pouco alterados nesta quinta-feira, 19. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de baixa exercida pelos frigoríficos diminuiu, e os negócios fluíram de maneira satisfatória nas principais regiões de comercialização, com os pecuaristas aceitando os patamares mais baixos.
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“De qualquer maneira, os custos de nutrição animal são um grande problema para os confinadores neste momento, o que torna a retenção mais complicada, da mesma forma que as chuvas registradas nesta semana também prejudicam a retenção dos animais”, diz Iglesias.
O grande limitador para quedas mais agressivas nos preços do boi gordo é a situação da oferta, que permanece restrita neste período que é o de maior demanda por carne bovina ao longo de todo o ano. “A tendência é que a oferta de animais de pasto esteja apta ao abate apenas no final do primeiro trimestre, consequência da estiagem prolongada que ocorreu em 2020”, destaca o analista.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 281 a arroba, ante R$ 282 na quarta. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 275 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cotação permaneceu inalterada, em R$ 270 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 272 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 268 a arroba, contra R$ 267.
Atacado
No mercado atacadista, os preços seguem firmes. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços, em linha com o ápice do consumo no decorrer do último bimestre, cenário que remete a uma reposição mais rápida entre atacado e varejo. “Por sua vez, as exportações continuam em ótimo nível, ainda uma consequência do forte apetite de compra por parte da China. O gigante asiático ainda busca preencher a lacuna de oferta formada pela Peste Suína africana, que dizimou relevante parcela do rebanho suinícola local”, assinalou Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.