BOLETIM AGROEXPORT
Exportações brasileiras de carne suína cresceram 80% em cinco anos
No caso de soja, exportações brasileiras cresceram 67% nos últimos cinco anos; em 2021, Brasil quebrou recorde, com 86,1 mi de t embarcadas
As exportações de carne suína do Brasil somaram 1 milhão de toneladas em 2021, a melhor marca da série história.
De acordo com o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, nos últimos cinco anos, o volume embarcado pelo país aumentou 80%. “O que mostra que o Brasil conquistou espaço no mercado internacional da proteína e se tornou um competidor importante. O grande desafio agora é manter o ritmo”, afirma.
No caso de carne de frango, o Brasil, segundo maior produtor da proteína, manteve a posição de maior exportador e conquistou mais um recorde. “No frango, o Brasil ‘nada de braçada’. Para o mundo comer carne de frango, o mundo precisa do Brasil”, disse Ferreira. Em 2021, o país exportou 4,24 milhões de toneladas da proteína.
Já na carne bovina, o país, que exportou 1,55 milhão de toneladas em 2021, teve o desempenho prejudicado pelo embargo chinês, que durou mais de cem dias. “A China respondeu por mais de 50% da carne bovina exportada pelo Brasil em 2021. O embargo de pouco mais de três meses prejudicou o país. Nós ficamos abaixo da marca de 2019, quando 1,56 milhões de toneladas foram embarcadas. A China derrubou o embargo em dezembro, mas não havia mais tempo para recuperar”, explica.
Soja e milho
Nos grãos, a soja brilhou novamente em 2021. Nos últimos cinco anos, os embarques brasileiros da oleoginosa cresceram 67%; e em 2021, terminou com 86,1 milhões de toneladas exportadas, um recorde absoluto.
“O Brasil é líder absoluto em exportação e produção. Nós últimos cinco anos, vínhamos disputando com os Estados Unidos, mas agora o Brasil está consolidado como maior produtor e exportador. Outro destaque é a expressiva receita cambial. Só a soja em grão, foram US$ 38,6 bilhões de receita cambial, isso sem contar farelo e soja”, complementa.
Em 2021, o Brasil exportou 20,4 milhões. “O milho teve um sprint final muito expressivo no fim do ano. Só para ter uma ideia, das 20 milhões de toneladas, quase 15 milhões aconteceram nos últimos quatro meses do ano”.
O resultado final do milho, menor que nos anteriores, foi resultado da escassez do cereal no mercado interno, provocada pela quebra na safra passada.
No entanto, a importação do cereal foi recorde, com 3,2 milhões de toneladas. “Racionalizamos as exportações, e ainda assim tivemos que comprar muito milho para atender o mercado doméstico”.
Pontos de atenção
Para Giovani Ferreira, em 2022, é preciso ficar atento com a China. “Como as exportações de carne bovina vão se comportar? No caso da carne suína, a China já anunciou que vai comprar menos, então precisamos prestar muita atenção no caso das duas proteínas”.
Outro ponto de atenção para 2022 é o milho. “O Brasil passa por outra estiagem forte no Sul, talvez a gente viva o mesmo cenário do ano passado”.