PIB da agropecuária deve crescer 9% em 2025, aponta especialista

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A setor do agronegócio brasileiro segue sendo um dos motores da economia nacional. Para 2025, a expectativa é de crescimento de 9% no PIB da agropecuária, mantendo esse ritmo também em 2026. A projeção foi apresentada pelo economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, durante palestra no Congresso Andav 2025, realizado em São Paulo.

O evento é promovido pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) e reúne empresas, consultores, agrônomos, pesquisadores e profissionais da cadeia agropecuária. Considerado o principal ponto de encontro do setor de distribuição de insumos no país, o congresso discute tendências, desafios econômicos e novas tecnologias para o campo.

Segundo o especialista, mesmo com os desafios econômicos internos e tensões no cenário internacional, o agronegócio permanece em fase de expansão. “O agro está na fase ganhadora. Deve crescer 9% em 2025 e manter esse índice em 2026, contribuindo positivamente para o PIB nacional”, afirmou.

Cenário externo impõe desafios, mas pecuária mostra resiliência

O economista também alertou para os efeitos do chamado “choque Trump”, em referência às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ele reforçou que, apesar dos impactos negativos sobre a indústria, a agropecuária brasileira tende a se sair melhor.

Vale destacou que o Brasil possui ativos estratégicos como petróleo, terras raras e, sobretudo, alimentos. Nesse contexto, o setor agropecuário representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto do país, um peso importante para sustentar o crescimento diante das turbulências externas.

Brasil precisa buscar novos mercados para a agropecuária

Como alternativa à instabilidade geopolítica, o economista recomendou que o país acelere acordos comerciais com outras nações. “É preciso se afastar do ‘choque Trump’ e buscar novos mercados. O agro se sai melhor que a indústria, mas ainda assim precisamos ampliar o destino das exportações”, disse Vale.

O recado serve especialmente para os segmentos da pecuária, que têm registrado bons resultados nas exportações e podem expandir ainda mais a atuação internacional.