CLIMA E PECUÁRIA
Clima em dezembro: mudanças no tempo na segunda quinzena pedem atenção no campo
Segundo a Scot Consultoria, o final de dezembro será marcado por contrastes climáticos entre as regiões, com impacto direto no manejo do gado e das pastagens

FOTO: Ilustrativa l Wirestock
O clima em dezembro entrará em uma fase de transição na segunda quinzena, exigindo atenção redobrada do pecuarista. De acordo com o prognóstico climático divulgado pela Scot Consultoria neste domingo (20/12), o período será marcado por mudanças no padrão do tempo, com chuvas concentradas em algumas regiões produtoras e volumes mais limitados em outras.
O cenário indica chuvas acima da média no Norte, Centro-Oeste e Sul, enquanto o Nordeste tende a um período mais seco e o Sudeste, apesar dos bons acumulados, ficará abaixo da média histórica. Esses contrastes reforçam a necessidade de planejamento regionalizado no campo.
Norte: chuvas frequentes favorecem pastagens, mas exigem cautela no manejo
Na Região Norte, o clima em dezembro seguirá com um padrão chuvoso ativo na segunda quinzena. Estados como Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Tocantins e Amapá devem registrar acumulados entre 100mm e 150mm, com anomalias positivas, indicando volumes acima da média climatológica.
Em Roraima e no Norte do Pará, os acumulados serão menores, próximos de 80mm, mas ainda relevantes. As chuvas devem ocorrer de forma bem distribuída ao longo dos dias, o que favorece o desenvolvimento das pastagens, porém pode dificultar a logística e o deslocamento de animais.
Nordeste: tempo mais seco limita recuperação das pastagens
No Nordeste, o cenário será mais restritivo para a pecuária. A previsão aponta baixos volumes de chuva, geralmente abaixo de 35mm na Zona da Mata, Agreste e Sertão. A exceção ocorre em áreas do Oeste da Bahia, onde os acumulados podem chegar a 80mm.
Já no Meio-Norte, o comportamento do tempo será diferente. Regiões do centro ao sul do Maranhão e o extremo oeste do Piauí podem alcançar até 125mm, acima da média para o período. Nessas áreas, o pecuarista encontra melhores condições para recuperação das pastagens e planejamento alimentar do rebanho.
Centro-Oeste: chuvas ganham força e impactam rotina no campo
No Centro-Oeste, principal região pecuária do país, a segunda quinzena de dezembro será marcada por chuvas frequentes e volumes elevados. Mato Grosso e Goiás devem registrar acumulados entre 125mm e 150mm, com possibilidade de superarem esses valores em pontos isolados.
Em Mato Grosso do Sul, os volumes variam entre 100mm e 125mm, podendo chegar a 150mm em áreas específicas. As anomalias positivas indicam um período de atenção para o pecuarista, especialmente quanto à sanidade animal, condições do solo e logística interna das propriedades.
Sudeste: bons volumes, mas abaixo da média para dezembro
No Sudeste, os mapas indicam chuvas bem distribuídas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com acumulados entre 85mm e 125mm ao longo da quinzena. O Espírito Santo e o Norte de Minas Gerais devem registrar volumes menores, em torno de 70mm, com redução gradual em direção à divisa com a Bahia.
Apesar dos acumulados relevantes, toda a região terá chuvas abaixo do padrão histórico para o período, o que pode impactar a evolução das pastagens em algumas áreas.
Sul: excesso de chuva exige monitoramento do rebanho
A Região Sul deve encerrar dezembro com chuvas acima da média nos três estados, com volumes entre 100mm e 125mm. No entanto, áreas do Sudeste do Rio Grande do Sul e regiões litorâneas devem registrar acumulados menores, próximos de 70mm.
O excesso de umidade em parte da região exige atenção do pecuarista à qualidade do solo, às condições das pastagens e à sanidade do gado.
Atenção ao planejamento no fim do ano
Com o clima em dezembro apresentando mudanças importantes na segunda quinzena, a recomendação é acompanhar os boletins climáticos e ajustar o manejo conforme a realidade de cada região. Planejamento forrageiro, cuidados sanitários e atenção à logística são fundamentais para atravessar o período com mais segurança e eficiência.



