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Negociações avançam no mercado interno e boi gordo tem alívio nos preços
Segundo analista, o pecuarista está mais disposto a negociar após as rodadas de reajustes consecutivas desta semana
O mercado físico de boi gordo teve preços pouco alterados nesta quinta-feira, 14. Segundo o analista de Safras &
Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os negócios seguiram fluindo com maior velocidade, com o pecuarista mais disposto a negociar após as rodadas de reajustes consecutivas desta semana. Por outro lado, houve algum alívio nas
escalas de abate dos frigoríficos, posicionadas agora entre três e quatro das úteis.
“As negociações ainda ocorrem em patamar acentuado de preços em grande parte do país, com reajustes evidenciados em alguns estados. O cenário geral ainda é complicado, com oferta bastante tímida de animais de safra até o momento. A maior parcela das negociações ainda é realizada com animais de confinamento e de semi-confinamento”, assinala Iglesias.
Já as questões envolvendo a demanda doméstica de carne bovina seguem como um importante limitador a novas altas nos preços, avaliando a descapitalização do consumidor médio, às voltas com despesas usuais ao início do ano, como IPTU, IPVA, entre outras. Somado a isso, precisa ser considerado o término do auxílio emergencial, que fomentou o consumo de base em variados momentos do ano passado.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 287, contra R$ 290 a arroba na quarta, 13. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 280, estável. Em Dourados (MS), a arroba permaneceu em R$ 275. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 266, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 285, estáveis.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, a reposição entre as cadeias começou a se tornar mais lenta no decorrer desta semana. As redes varejistas não têm tamanha necessidade de reposição como na virada de ano, e a dinâmica já muda de maneira mais consistente. “Os preços da carne bovina estão proibitivos para o consumidor médio, que, descapitalizado, busca outras proteínas que causem um
menor impacto na renda média. Tradicionalmente a carne de frango é a principal beneficiada deste movimento, se enquadrando neste quesito”, avalia Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,50 o quilo.