VOLUME DE NEGÓCIOS AUMENTOU

Vendas do boi gordo aquecem no mercado interno e preços mantêm patamar elevado

Novos reajustes podem levar a uma contundente mudança das estratégias de aquisição de boiadas, segundo analista da Safras

Por Agência Safras
26 de janeiro de 2021 às 19h24
arroba do boi gordo, preços, carne bovina

Foto: Lorran Lima/Idaf

O mercado físico do boi gordo apresentou bom ritmo de negócios no decorrer desta terça-feira, 26. A tendência de curto prazo remete à firmeza dos preços, com menor espaço para reajustes.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos já operam com uma margem apertada, e novos reajustes podem levar a uma contundente mudança das estratégias de aquisição de boiadas, movimento similar ao evidenciado no último mês de novembro. “A oferta de animais de safra tende a ser mais consistente em meados de março. Até lá o mercado vai ter que lidar com restrição de oferta. A demanda doméstica ainda é um problema recorrente com o consumidor médio ainda encontrando dificuldades em absorver novos reajustes da carne bovina”, conclui.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, contra R$ 298 a arroba do dia anterior. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba passou de R$ 289/290 para R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor ficou estável em R$ 295 a arroba.

Atacado

O atacado volta a apresentar acomodação em seus preços no decorrer da semana. De acordo com Iglesias, não há espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. “Pode haver algum espaço para reajustes durante a virada de mês, avaliando a entrada dos salários na economia. As dificuldades macroeconômicas remetem a um maior consumo de carne de frango, proteína mais acessível se comparado às demais concorrentes”, afirma.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. Corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.