SURTO NA EUROPA
Gripe aviária: França abate 2 milhões de aves e tem 418 focos da doença
Segundo o governo francês, o surto causa um forte impacto no setor avícola na região sudeste do país, especialmente na produção de patos
O governo da França informou que o surto agudo de gripe aviária altamente patogênica (vírus H5N8) resultou em “um forte impacto no setor avícola no sudoeste” do país. São 418 focos confirmados nacionalmente desde dezembro, dos quais 406 em fazendas de aves no sudoeste, principalmente patos.
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Segundo o governo francês, cerca de 2 milhões de patos e outras aves tiveram que ser abatidos até o momento. Outros 12 casos de contágio foram localizados em outras regiões do país e mais 11 notificações estão relacionadas à vida selvagem, em uma ampla variedade de espécies (gansos, cisnes, gaivotas, urubus, etc).
As autoridades francesas tentam conter o vírus, com alto potencial de disseminação entre animais – mas inofensivo aos homens -, que já infectou aves migratórias e criações locais em 18 países da União Europeia. Para limitar a propagação do vírus na França, foi ordenada uma redução drástica na densidade avícola no entorno dos focos e dentro dos criadouros, de acordo com as recomendações dos órgãos científicos.
Segundo o governo francês, a estratégia de despovoamento começa a dar frutos, com diminuição de novos casos em Landes, um dos primeiros locais de contaminação. A situação está mais controlada nos distritos ao redor.
De acordo com o ministro da Agricultura e Alimentação, Julien Denormandie, as perdas materiais dos criadores de aves franceses serão compensadas em valores pelo governo – e diversos criadores já receberam adiantamentos. Embora o sudoeste seja o foco das atenções, a vigilância continua sendo essencial em todas as áreas metropolitanas.
A descoberta, nos últimos dias, de cisnes infectados no departamento de Loire, acendeu o alerta de atividade contínua do vírus na vida selvagem. Tanto profissionais como indivíduos (que têm quintais habitados por animais) devem cumprir medidas de biossegurança, reafirma o governo francês.