A carne a pasto produzida no Brasil, que representa cerca de 95% da nossa produção, tem diversos benefícios com relação ao custo, à sustentabilidade ambiental, ao bem-estar animal e até mesmo ao sabor do alimento.
“As condições climáticas do nosso país são favoráveis à produção do capim, que é o principal alimento dos animais criados a pasto”, afirmou Luiz Orcírio de Oliveira, pesquisador da Embrapa, em recente entrevista ao programa Pasto Extraordinário, que vai ao ar pelo Canal do Criador.
O custo também é um dos principais atrativos desse sistema de produção, que não necessita de grãos ou outros alimentos concentrados que tornam a atividade mais cara. De acordo com Luiz, dois fatores influenciam muito o custo da carne brasileira produzida à pasto: o ganho de peso diário e a taxa de lotação. “Por exemplo, se você tiver um ganho de peso diário de 400 gramas dia/animal por ano e uma taxa de lotação de uma unidade animal (UA) por hectare, o valor de custo da arroba fica em torno de R$ 250 a R$ 270. Mas quando você intensifica esse sistema, os valores podem reduzir para R$ 200 ou até menos, o que dá uma receita muito interessante para a pecuária”, analisa o pesquisador.