Fazenda no sul da BA alia pecuária seletiva à pastagem de qualidade
Uso constante de tecnologia faz diferença na propriedade que é tradicional na criação de gado a pasto
Por Redação Pasto Extraordinário
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Uma produção tecnificada, com respeito aos pilares econômico, social e ambiental da sustentabilidade. Desde 1994, a EAO Agropecuária desenvolve em Itagibá, no sul da Bahia, uma pecuária de melhoramento genético, além de outras atividades. “No nosso portifólio tem pecuária, produção de cacau, haras com criação de Mangalarga Marchador e mais de 200 integrantes para produzir alimento para todo o Brasil, promovendo o crescimento da região e das pessoas”, conta Maurício Souza Filho, diretor na EAO.
Em seis mil hectares, a Fazenda Baviera possui um rebanho de aproximadamente 7,5 mil cabeças, comercializando anualmente 1,2 mil touros e mais de 600 matrizes. A propriedade também produz cerca de 10 mil arrobas de cacau.
“A nossa base é pasto e indica índices acima da média, com fertilidade de 91%, ganho de peso média/ano acima de 850 gramas, tudo isso proporcionado a pasto, mais suplementação de correção, ao longo do ano”, afirma Maurício.
Cerca de 80% das forrageiras da propriedade são brachiárias. “São pastagens bem cuidadas, bem manejadas, para que tenhamos uma produção maior por área, de 1,5 mil quilos por hectare/ano, e também a semente melhoradora, que nós fornecemos através de nossos leilões na EAO. A melhor pastagem vai expressar a nossa melhor genética. Não temos o efeito seca, dentro do nosso sistema produtivo – na região chove 1.150 milímetros ao longo do ano. Temos verde praticamente o ano todo”, completa.
A fazenda trabalha com pastejo rotacionado: alguns para matrizes, com áreas de cerca de 20 hectares. Na recria, trabalha com pastos de oito hectares – com lotação de recria de cerca de 2 UA (unidade animal) e a lotação total da propriedade é, na média, de 1,6 UA por hectare. “Dos seis mil hectares, temos 20% de reservas, áreas de APP [área preservação permanente], área de cacau e área do haras, mais dois pivôs em que produzimos milho. Restam aí quatro mil hectares de pasto efetivo”, diz Maurício.
Segundo o diretor da EAO, os pastos são livres de concorrência de ervas daninhas, porque utiliza o protocolo Corteva para a produção em larga escala, com produtos seguros e altamente tecnológicos. “Buscamos um parceiro tecnológico e quando nós fomos convidados para a Plataforma-S, ficamos muito satisfeitos. Temos os mesmos conceitos, os mesmos alinhamentos, o que traz oportunidade de ganhos: ambientais, sociais e econômicos”, analisa.
Plataforma-S
Para William Marchió, consultor da Criatec, a Fazenda Baviera utiliza a metodologia GHG Protocolo, uma calculadora de emissões, desenvolvida pela WRI em parceria com a Unicamp e a Embrapa. “Essa calculadora está tropicalizada, ou seja, utiliza fatores de emissões nacionais já publicados. Então quando a gente aplica essa calculadora, conseguimos validar que o trabalho feito na prática tem realmente números consistentes e consegue entregar valor sequestrando carbono, mitigando a emissão de metano”, explica Marchió.
Assim, a fazenda comprova que é sustentável ao sequestrar 2,6 mil toneladas de carbono por ano. De acordo com Maurício Souza Filho, “o projeto S nos coloca numa situação de preservação, numa situação em que nós geramos crédito de carbono, nós sequestramos carbono, nós emitimos, mas o nosso sequestro é maior”.
“O pecuarista é o maior interessado na preservação do meio ambiente. Dependemos do meio ambiente para produzir. Então ninguém mais do que o homem do campo para saber a importância do meio ambiente”, avalia o diretor da Fazenda Baviera.
Maurício Souza Filho, diretor na EAO Agropecuária.
Preservação do ambiente
As nascentes da propriedade foram preservadas por meio de um programa de recuperação de mais de 15 quilômetros de APP. “Cada vez que você investe, o meio ambiente devolve em resultados econômicos. Essa sinergia é cada dia mais crescente e cada vez que você aplica mais, ele te devolve. Todas as vezes que você utiliza a pastagem de forma adequada, fazendo protocolos corretos, mantendo um solo produtivo, preservando a sua APP, preservando o seu bioma, o seu microclima, tudo isso é revertido em produtividade a cada dia”, revela o diretor da EAO.
“Quando nós cuidamos de um pasto, nós cuidamos desse pasto porque nós precisamos do solo, um pasto bem formado, um pasto bem pastado, um pasto produtivo, você mantém a saúde do solo, você mantém matéria orgânica, você mantém microrganismos… Somos uma grande produção a céu aberto. E o nosso maior fator de produção chama-se meio ambiente”, finaliza.
Sobre o programa Pasto Extraordinário
Produzir com rentabilidade e com respeito ao meio ambiente, cuidando da sociedade e priorizando o bem-estar animal. Esses são os pilares para o crescimento sustentável da pecuária nacional que estão presentes no programa Pasto Extraordinário.
O projeto visa contribuir com o desenvolvimento da cadeia produtiva por meio de muito conteúdo relacionado aos seguintes temas: Sinergia, Sustentabilidade, Socioeconômico e Sucesso. Esses quatro compromissos fazem parte da Plataforma-S, um projeto da Corteva Agriscience, que busca, por meio de diferentes iniciativas, honrar o compromisso da empresa com a pecuária brasileira.
O programa vai ao ar toda segunda-feira, às 6h, com reprise às quartas, às 18h, no Canal do Criador. Você pode assistir pela SKY 166, na NET nos canais 197 e 697 nas principais praças pecuárias e Parabólica digital e analógica. Também é possível se manter atualizado com informações sobre o universo da pecuária no blog do Pasto Extraordinário. Não deixe de acompanhar!
O projeto já está na segunda temporada e a novidade agora é que além de assistir o conteúdo do Pasto Extraordinário na televisão e no digital, você também pode conferir os episódios novos nas principais plataformas de streaming de áudio por meio do nosso podcast, é só clicar neste link e ouvir a qualquer hora.
