Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), identificou efeitos positivos na inclusão do princípio ativo de óleos essenciais nas dinâmicas alimentares de vacas leiteiras como forma de melhorar o desempenho dos animais e reduzir os impactos ambientais causados pela produção dos ruminantes.
Segundo os resultados da pesquisa, observou-se que as vacas que receberam compostos de óleos essenciais apresentaram melhor eficiência alimentar. Esse grupo de animais produziu mais leite com menos consumo diário de matéria seca na dieta. Além disso, os óleos reduziram a relação entre acetato e propionato no rúmen, uma alteração no perfil de fermentação que diminui a perda de metano.
Ainda de acordo com os resultados, os óleos aumentaram a taxa de sudorese e a oxigenação do sangue das vacas, bem como reduziram a temperatura corporal. As descobertas demonstram o potencial dos óleos essenciais no controle de estresse por calor, fator que causa prejuízos para a indústria leiteira mundial.
A pesquisa foi idealizada a partir de óleos extraídos de pimenta, orégano, canela e cravo da Índia. Um grupo de vacas confinadas da raça Holandesa foi submetido ao uso diário de uma mistura de óleos essenciais microencapsulados, composta pelos princípios ativos do carvacrol extraído do orégano, do cinamaldeído da canela, do eugenol do cravo da Índia, e da capsaicina proveniente da pimenta vermelha. Outro grupo de animais recebeu a mesma dieta, mas sem suplementação. A dose diária do produto foi de aproximadamente três gramas por vaca.