A pouca demanda na oferta de bovinos prontos para abate levou o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul a pedir ao Ministério da Agricultura sinal verde para importação de gado vivo do Paraguai. A solicitação foi feita no início de fevereiro e repercutiu no setor.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) demonstrou preocupação com a possibilidade. O estado possui o maior rebanho bovino do Brasil, com cerca de 30 milhões de cabeças, e está há 25 anos sem casos de febre aftosa. A entidade teme que os países originadores não sejam tão criteriosos quanto o Brasil em relação à sanidade animal.
Porém, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Paraguai e Uruguai possuem o mesmo status sanitário que a maioria dos estados brasileiros, sendo considerados livres de febre aftosa com vacinação.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, destaca que a importação de animais seguirá todos os protocolos necessários para garantir a segurança da pecuária brasileira. O Uruguai já possui um protocolo e o Paraguai está em negociação.