INÍCIO DE ANO ANIMADOR

2023 começa positivo para suinocultura

ABCS apresenta cenário para preços e exportações do setor

Por Canal Rural

O primeiro mês do ano foi positivo para a suinocultura brasileira. Mesmo com um recuo nas exportações de carne suína na comparação com dezembro — o que é comum para o período —, o volume embarcado foi recorde para um mês de janeiro.

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Em boletim divulgado há semanas, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) aponta, contudo, que há uma preocupação no setor: os custos de produção. “Fica o questionamento quanto ao custo de produção, se permitirá margens positivas suficientes para recuperar ao menos parte dos prejuízos da grave crise que assolou o setor nos últimos anos”, afirmou a entidade.

“É possível concluir que o preço do suíno (vivo ou carcaça) já não é o principal fator de preocupação, mas sim os custos dos principais insumos (milho e farelo de soja)”, indicou, na ocasião, a equipe da ABCS. “A relação de troca não subiu na mesma proporção que o preço do suíno. Se por um lado temos um horizonte promissor em relação ao ajuste da oferta de carne suína à demanda, por outro ainda não se percebe sinais de arrefecimento dos custos no curto prazo”.

“Baseando-se em informações atuais, ponderando sobre o que aconteceu no passado, e constantemente revisando estas projeções, além de acompanhando alguns indicadores e movimentos do mercado, hoje ainda podemos afirmar que as perspectivas para a suinocultura em 2023 são boas, mas é preciso acompanhar fatores que interferem na demanda de nossa carne suína e, principalmente, nos custos de produção”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Lista de problemas de custos para a suinocultura brasileira

Foto: Sistema Faep

Lopes elencou sete fatores que, na visão dele, podem afetar os custos de produção da suinocultura do Brasil ao decorrer deste ano:

  1. Produção e exportação de carne suína da União Europeia (hoje em baixa);
  2. Movimentos do mercado chinês (velocidade de recuperação do rebanho que foi reduzido ano passado);
  3. Câmbio influenciando nossas exportações de carne e grãos;
  4. Clima brasileiro e realização da primeira e segunda safra de milho;
  5. Demanda mundial de grãos e situação de outros grandes exportadores de commodities (Argentina e Ucrânia);
  6. Crise mundial anunciada como consequência da pandemia e da guerra da Ucrânia; e
  7. Conjuntura econômica brasileira.

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Fonte: ABCS.

Editado por: Anderson Scardoelli, editor de online do Canal Rural em São Paulo.

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