A perspectiva de preços firmes da arroba do boi gordo em 2021 sinaliza para a pecuária de corte um cenário também positivo, apesar das cotações sustentadas no gado de reposição e da pressão de outros custos, como grãos. A avaliação é da DSM. Em evento online promovido nesta segunda-feira, 14, pela empresa, especialistas destacaram a demanda ainda aquecida do mercado externo, especialmente em virtude do apetite da China, maior importadora de carnes do Brasil no momento.
Para o mercado doméstico, entretanto, o ambiente deve ser mais desafiador, dada a crise econômica em decorrência da pandemia do coronavírus e a oferta restrita de gado terminado, que vem fazendo os preços da proteína bovina dispararem para os consumidores brasileiros.
No próximo ano a atenção dos pecuaristas deve se concentrar nos preços dos grãos e no desenvolvimento do fenômeno climático La Niña, que pode atrasar o plantio do milho safrinha, por exemplo, de acordo com analistas da DSM. Além do cereal usado na alimentação do gado, outro insumo que não deve se desvalorizar é o boi magro – um arrefecimento nas cotações só é esperado em 2022.