Com os quadros profissionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) reduzidos e sem condições de fazerem o combate dos incêndios nas florestas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta segunda-feira, 23, a utilização do “boi-bombeiro” como saída para reduzir os incêndios no Pantanal.
“Fogo lá no Pantanal. No passado, a gente podia deixar o boi comer o capim acumulado, agora não pode mais. Então, acumula uma massa vegetal morta muito grande e, quando vem o fogo, incendeia e o negócio é uma barbaridade. É o boi-bombeiro. Quando fala, é galhofa. O pessoal que nunca pisou no capim falando mal do produtor rural”, afirmou Bolsonaro ao conversar com apoiadores na manhã desta segunda-feira, em frente ao Palácio da Alvorada.
Em outubro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, eximiu o governo de culpa pela disparada das queimadas no Pantanal e defendeu a criação de gado na região para reduzir a “massa orgânica”. Salles defendia uma proposta feita dias antes pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que também disse que a ampliação das áreas de pastagens reduziria as queimadas. “Se nós tivéssemos um pouco mais de gado, o desastre teria sido menor”, disse a ministra, na ocasião.