DE OLHO NO MERCADO
Boi: câmbio e escalas de abate avançadas começam a pressionar preços, diz Safras
Segundo analista da Safras, a valorização cambial altera completamente a dinâmica do mercado físico do boi gordo
O mercado físico de boi registrou preços de estáveis a mais baixos nesta sexta-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a valorização cambial altera completamente a dinâmica do mercado físico do boi gordo.
“Os frigoríficos ensaiam movimento de pressão de baixa mais agressiva. A tendência é que em caso de continuidade do processo de fortalecimento do real haverá intensificação desse movimento, uma vez que com o real valorizado a conta da exportação se torna menos atraente para os frigoríficos, obrigando a mudar as estratégias na compra de gado. Além disso, em grande parte do país as escalas de abate estão confortáveis, atendendo entre cinco e sete dias úteis em média”, assinalou Iglesias.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 339 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 316. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 320 para a arroba do boi gordo.
Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços inalterados. O ambiente de negócios ainda sugere por alguma queda dos preços no curto prazo, em linha com a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Além disso, a demanda doméstica segue direcionada para as proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos ovos”, disse Iglesias.
O quarto traseiro ainda foi precificado a R$ 24,00 por quilo. O quarto dianteiro seguiu com preço de R$ 16 por quilo. A ponta de agulha permaneceu no patamar de R$ 15,50 por quilo.