VENDAS LENTAS NO FIM DO ANO

Boi gordo: dificuldade na oferta e preços mais altos em São Paulo

Com alguns pecuaristas fora do mercado, frigoríficos podem encontrar dificuldades em suas escalas para os primeiros dias de 2021

Por Agência Safras

O mercado físico de boi gordo teve mais um dia travado de negócios nesta terça-feira, 22. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, a oferta de animais terminados continua encolhendo, com pecuaristas adotando uma postura retraída nas negociações e com alguns já fora de mercado devido ao feriado de Natal, o que impõe dificuldade para os frigoríficos avançarem suas escalas para os primeiros dias úteis de 2021.

Boi nelore atrás de cerca

Foto: Pixabay

Em São Paulo registro de negócios pontuais entre R$ 265/270 dependendo do prazo de pagamento, dado essa dificuldade na oferta. “A tendência é de um mercado arrastado e difícil na logística neste fechamento de mês. Um ponto a se considerar é que o boi de pasto deve atrasar nos primeiros meses de 2021 por conta da seca registrada em grande parte do país nos últimos meses, fator que pode trazer alguma tensão ao mercado”, diz o analista.

“Por outro lado, vale prestar aos dados de exportação nas próximas semanas, avaliando o declínio dos números de dezembro, possivelmente pelo menor ímpeto da China nas compras neste momento. Esse movimento pode ser pontual, considerando que o país asiático ainda sofre com uma grande lacuna de oferta em relação a proteínas de origem animal, de qualquer modo os dados merecem atenção”, observa Maia.

Em Minas Gerais, preços acomodados. Na região de Uberlândia, o preço ficou em R$ 254 à vista. Em Goiânia, os valores foram de R$ 245 à vista e a R$ 247 a prazo. No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram firmes no dia. Em Campo Grande, a indicação de comprador foi de R$ 244 a prazo e em Dourados a arroba a R$ 244 a prazo. No Mato Grosso preços sem alterações no dia. Em Cuiabá, o valor indicado foi de R$ 243 a prazo. Em Vila Rica, o preço foi de R$ 242 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Maia, a expectativa é por reajustes no curto prazo, mesmo que de maneira tímida, considerando a sinalização de avanço na demanda pelos cortes nobres para o período de festas.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 19,10 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,40 o quilo, assim como a ponta de agulha.

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