PREÇOS DA ARROBA

Boi gordo está mais valorizado na região Centro-Oeste, avalia Safras

No decorrer deste mês, a Safras prevê uma maior oferta de animais confinados, fato que pode impactar em preços mais elevados

Por Agência Safras
06 de outubro de 2020 às 08h16
boi gordo gado nelore

Foto: Breno Lobato/Embrapa Cerrados

O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nas principais praças de comercialização do país nesta segunda-feira, 5.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a alta de preços neste momento está concentrada na Região Centro-Oeste. Na Região Sudeste, alguns frigoríficos se mantiveram ausentes da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para o restante da semana.

“Enquanto isso, continua a disputa por animais que cumprem os requisitos para exportação com destino ao mercado chinês. Esses animais costumeiramente são negociados com prêmio de até R$ 7,00 por arroba sobre animais destinados ao consumo doméstico”, assinala.

É aguardada maior oferta de animais confinados ao longo de outubro, também com uma maior incidência de contratos a termo para os frigoríficos, elementos que podem cercear movimentos mais agressivos de alta na arroba do boi.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 259 a arroba, estáveis na comparação com a sexta-feira, 2. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 255 a arroba, inalterados. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 252 a arroba, estáveis. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 250 a arroba, contra R$ 245. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 244 a arroba, contra R$ 243 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a continuidade do movimento de alta nos preços, em linha com a entrada dos salários na economia, importante motivador da reposição ao longo da cadeia produtiva. As exportações seguem em bom nível, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira.

Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 19,00 o quilo para R$ 19,25 o quilo.