PRESSÃO BAIXISTA

Boi gordo: mesmo com restrição de oferta, preços seguem em queda

A pressão de baixa nos preços da arroba está concentrada nas regiões produtoras do Centro-Oeste e Norte

Por Agência Safras

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a maior pressão de baixa neste momento está situada nas regiões produtoras do Centro-Oeste e Norte, enquanto na Região Sudeste um ponto de equilíbrio entre frigoríficos e pecuaristas parece ter sido encontrado.

boi gordo

Foto: Madson Maranhão/Seagro-TO

“Os negócios começaram a fluir de forma mais acelerada na Região Sudeste”, salienta o analista.

A restrição de oferta de animais terminados, prontos para o abate, segue como um fator preponderante para evitar quedas mais acentuadas na arroba do boi gordo. A estiagem prolongada tardou o desenvolvimento dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre de 2021.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 278 a arroba, estáveis. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram em R$ 272 a arroba, ante R$ 273 na segunda-feira. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cotação foi de R$ 267 a arroba, ante R$ 269. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 265 a arroba, inalterado. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço da arroba do boi ficou em R$ 265.

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi novamente de preços estáveis. Conforme Iglesias, há pouco espaço para reação dos preços neste momento, dada a incapacidade do consumidor final em absorver sucessivos e acentuados aumentos da carne bovina. Está havendo uma migração em massa para outras proteínas animais, principalmente a carne de frango.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,55 o quilo.

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