PERSPECTIVA
Boi gordo: preço da arroba estabiliza, mas tendência é de alta no curto prazo
Os valores podem garnhar força a partir das escalas de abate dos frigoríficos, que seguem apertadas, entre dois e três dias úteis
O mercado físico de boi gordo teve preços estáveis nesta quarta-feira, 6. após as altas verificadas no início da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a expectativa é que os preços continuem subindo no curto prazo, a partir das escalas de abate dos frigoríficos, que seguem apertadas, posicionadas entre dois e três dias úteis.
A oferta de animais terminados no geral é restrita, e deve permanecer assim nas próximas semanas, consequência do quadro de estiagem prolongada que atingiu grande parte do Centro-Oeste do país durante o segundo semestre. “Basicamente, os animais de pasto não estão aptos ao abate, e devem chegar ao peso ideal apenas em meados de março”, assinala.
Ainda de acordo com o analista, como grande limitador de movimentos mais agressivos de alta na arroba do boi há a demanda deprimida para a carne bovina.
Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 275, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 265, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba permaneceu em R$ 263. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 251 em Uberaba, Minas Gerais, a R$ 270.
Atacado
No mercado atacadista, os preços ficaram estáveis. Conforme Iglesias, ainda há espaço para alguma alta nos preços, avaliando uma maior necessidade de reposição das cadeias na primeira semana do ano. “A situação da economia doméstica ainda remete a uma predileção por cortes mais acessíveis, como o dianteiro bovino, da carne de frango e dos ovos de galinha”, assinala Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,50 o quilo, estável, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 14,70 o quilo.