ARROBA PERDE FORÇA

Boi gordo: vendas no mercado físico avançam e preços seguem em queda

Os negócios fluíram de maneira satisfatória nas principais regiões de comercialização, com os pecuaristas aceitando valores menores, diz Safras

Por Agência Safras

O mercado físico de boi gordo teve preços pouco alterados nesta quinta-feira, 19. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de baixa exercida pelos frigoríficos diminuiu, e os negócios fluíram de maneira satisfatória nas principais regiões de comercialização, com os pecuaristas aceitando os patamares mais baixos.

Boi Nelore

Foto: Fazenda Terra Boa

“De qualquer maneira, os custos de nutrição animal são um grande problema para os confinadores neste momento, o que torna a retenção mais complicada, da mesma forma que as chuvas registradas nesta semana também prejudicam a retenção dos animais”, diz Iglesias.

O grande limitador para quedas mais agressivas nos preços do boi gordo é a situação da oferta, que permanece restrita neste período que é o de maior demanda por carne bovina ao longo de todo o ano. “A tendência é que a oferta de animais de pasto esteja apta ao abate apenas no final do primeiro trimestre, consequência da estiagem prolongada que ocorreu em 2020”, destaca o analista.

Atacado

No mercado atacadista, os preços seguem firmes. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços, em linha com o ápice do consumo no decorrer do último bimestre, cenário que remete a uma reposição mais rápida entre atacado e varejo. “Por sua vez, as exportações continuam em ótimo nível, ainda uma consequência do forte apetite de compra por parte da China. O gigante asiático ainda busca preencher a lacuna de oferta formada pela Peste Suína africana, que dizimou relevante parcela do rebanho suinícola local”, assinalou Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.

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