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Brasil será reconhecido como livre de febre aftosa em maio, afirma ministro

Certificação internacional permitirá acesso a mercados que pagam mais pela carne bovina brasileira, impulsionando o setor pecuário.

Por Cleide Assis
20 de março de 2025 às 12h19

Foto: Divulgação | Embrapa

O Brasil está prestes a alcançar um marco histórico na pecuária. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (19) que o país receberá o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como área livre de febre aftosa sem vacinação no dia 29 de maio. A certificação permitirá que a carne bovina brasileira chegue a mercados mais exigentes e valorizados, como o Japão.

“A expectativa é muito positiva. A OMSA já confirmou tecnicamente que o Brasil cumpriu todos os requisitos. A assembleia que formaliza a decisão acontecerá em 25 de maio, e o certificado será entregue no dia 29”, declarou Fávaro durante audiência pública no Senado Federal.

Novo mercado e valorização da carne brasileira

Com essa certificação, a carne bovina nacional poderá ser exportada para países que remuneram melhor os produtores. O ministro citou o Japão como um dos principais destinos a serem conquistados. “O Japão exige essa certificação e paga US$ 8 mil por tonelada de carne, enquanto a China, por exemplo, paga US$ 5 mil. Esse reconhecimento abre um leque de oportunidades”, destacou.

Para celebrar a conquista, um grande evento está sendo organizado para o início de junho, em Paris. “Teremos uma celebração no dia 6 de junho, reunindo parlamentares, governadores, indústrias da carne e produtores, com um churrasco brasileiro na capital francesa”, revelou o ministro.

Impacto no comércio internacional

Além da febre aftosa, o Brasil também enfrenta desafios no comércio de proteína animal. Segundo Fávaro, 98% dos países que haviam imposto restrições devido a um caso da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul já retomaram as importações. A China, no entanto, ainda mantém o embargo à carne de aves do estado.

Com o reconhecimento da OMSA, a expectativa do setor pecuário é fortalecer a posição do Brasil como um dos principais fornecedores de carne bovina do mundo, abrindo novos mercados e aumentando a competitividade da carne brasileira no exterior.