AUMENTO EXPRESSIVO

Carne bovina: EUA elevam importações do Brasil em mais de 500%

Segundo dados divulgados pela Abrafrigo, os norte-americanos importaram 17,2 mil toneladas em janeiro, ante 2,7 mil em mesmo período do ano passado

Por Agência Safras

As exportações totais de carne bovina (somadas in natura e processadas) registraram uma elevação de 25,85% no volume. Em janeiro de 2021, a movimentação foi de 126.138 toneladas e em janeiro de 2022 passou para 159.997 toneladas. Na receita, o crescimento foi ainda mais elevado: em janeiro de 2021 ela foi de US$ 549,1 milhões e, no mesmo mês de 2022, alcançou US$ 803,6 milhões. Houve um crescimento de 46% na entrada de divisas, puxado por um aumento de 25% na movimentação e pela elevação de 16% nos preços médios. Os dados são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Segundo a Abrafrigo, entre os 20 maiores clientes da carne bovina brasileira, 17 aumentaram suas importações enquanto que, somente a China, comprando por Hong Kong e pelo continente e a Itália reduziram suas compras em comparação com janeiro de 2021.

Foto: Ministério da Agricultura

Na segunda posição, o Egito surpreendeu e suas importações cresceram 318,7%, ultrapassando os EUA, ao passar de 4.501 toneladas no ano passado para 18.851 toneladas em janeiro de 2022. Outro significativo aumento de volume das compras de carne bovina foi o da Rússia, que já foi o maior cliente do Brasil no passado, e que elevou suas importações em 184,8%, passando de 1.769 toneladas em janeiro de 2021 para 5.040 toneladas, já ocupando a 10a posições entre os 20 maiores importadores.

No geral, entre estes maiores clientes, também cresceram de maneira significativa, Israel, com 76,9% de aumento; Filipinas (+ 68%); Emirados Árabes (+80,8%) e Filipinas (+ 68%).

China compra menos carne bovina

De acordo com a Abrafrigo, o ano de 2022 começou com queda nas importações de carne bovina do maior cliente do produto brasileiro. A China, principal cliente do país, em janeiro do ano passado comprou 79.896 toneladas e, neste ano, adquiriu 66.101 toneladas, queda de 14,5%. Pelo continente, a China reduziu sua movimentação em 15% e em Hong Kong em 26%, perfazendo queda de 17,3% no total importado pelo país. Com isso houve queda de participação daquele mercado na exportação total do país: em 2021 ela foi de 62,84% e, nos resultados de janeiro de 2022, ela caiu para 41,3%.

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