PREÇOS MAIS BAIXOS
Em nova queda, boi gordo é negociado a R$ 280 em São Paulo
Preços do boi gordo vem acumulando sucessivas quedas, com previsão para novas baixas no mercado interno, aponta Safras
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, algumas unidades frigoríficas saíram das negociações, alegando bom ritmo de compras no decorrer da semana.
- Bezerro sobe mais do que o boi gordo e aperta situação do pecuarista
- Preços do boi gordo devem seguir instáveis em dezembro, diz Agrifatto
“A tendência é que a reabertura dos preços ocorra em patamar mais baixo. Portanto, os frigoríficos começaram a se movimentar para continuar exercendo pressão sobre os preços do boi junto ao pecuarista. Contudo, a entrada do décimo terceiro salário e outras bonificações inerentes ao período de festas pode atenuar os efeitos desta estratégia dos frigoríficos, avaliando a boa reposição entre atacado e varejo que costuma marcar essa época do ano”, diz o analista
“Somado a isso, temos o quadro anêmico de oferta, com uma enorme dependência de confinados para atender a programação dos frigoríficos no período de maior consumo do ano. Ou seja, por mais que os frigoríficos tentem exercer pressão, existem elementos que justificam a manutenção dos preços no restante do ano”, complementa Iglesias.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 280 a arroba, ante R$ 281. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 275 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a arroba do boi gordo ficou em R$ 270, inalterado. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 270 a arroba, também estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o valor ficou em R$ 265 a contra R$ 266 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços seguem acomodados. De acordo com Iglesias, ainda há expectativa de alguma reação dos preços. No entanto, o limite para este movimento está na saturação da demanda, que encontra dificuldades em absorver reajustes seguidos do mesmo produto, migrando para proteínas mais acessíveis, enfaticamente o caso da carne de frango. Importante destacar que as exportações de carne bovina seguem em ótimo nível, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.