BONS RESULTADOS

Importação de carnes pela China cresceu 63% em setembro

O aumento é resultado dos surtos de peste suína africana que dizimaram boa parte do seu plantel de suínos nos últimos anos

Por Estadão Conteúdo
26 de outubro de 2020 às 11h19
China, coronavírus

Foto: Lu Boan/ Xinhua

As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 830 mil toneladas em setembro deste ano, volume 63% maior do que o adquirido em igual mês do ano anterior, informou o Departamento de Alfândegas da China (GAAC, na sigla em inglês). A despesa com a importação do produto aumentou 40,5%, atingindo US$ 2,325 bilhões no mês. Nos primeiros nove meses do ano, o país asiático importou 7,41 milhões de toneladas de carnes e miúdos.

As importações de carne suína somaram 380 mil toneladas em setembro, volume 121,6% superior ao comprado em igual mês do ano passado. Em valor, o aumento foi de 146,6%, para US$ 924,5 milhões. No acumulado do ano, o país asiático importou 3,29 milhões de toneladas de carne suína.

De carne bovina, o país asiático importou 180 mil toneladas em setembro, alta de 18,9% na comparação anual. O valor desembolsado com o produto foi 1% menor, de US$ 777,08 milhões. De janeiro a setembro deste ano, a China comprou 1,57 milhão de toneladas de carne bovina do exterior.

Apesar das restrições da China às proteínas importadas, com a suspensão de vários frigoríficos em todo o mundo e testagem em massa para covid-19 de alimentos importados, os dados mostram que o país mantém a dependência de compras externas desses produtos para abastecimento doméstico. O aumento das importações chinesas de carnes é resultado dos surtos de peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) que dizimaram boa parte do seu plantel de suínos nos últimos dois anos.