MELHORA NAS ESCALAS DE ABATE

Início de outubro é marcado por elevação na arroba do boi gordo

Com escalas de abate menos apertadas, mercado aguarda para saber se haverá um recuo nos preços ao longo da cadeia produtiva, avalia Safras

Por Agência Safras
02 de outubro de 2020 às 19h40
boi gordo

Foto: Lorran Lima/Idaf

 

O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nas principais praças de comercialização do país nesta sexta-feira, 2.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o início do mês de outubro está sendo pautado por um consistente movimento de alta nos preços da arroba do boi.

“No entanto, com preços mais altos foi evidenciado um maior fluxo de negociações levando a um posicionamento mais confortável das escalas de abate”, assinala.

No decorrer da sexta-feira, muitos frigoríficos optaram por se ausentar da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. “Resta saber se uma posição mais confortável das escalas de abate será suficiente para desacelerar o movimento de alta ao longo da cadeia produtiva”, destaca Iglesias.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 259 a arroba, estáveis na comparação com a quinta-feira, 1. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores permaneceram inalterados, em R$ 255 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a arroba manteve a cotação de R$ 252. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 245 a arroba, ante R$ 242 a arroba na quinta-feira. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 243 a arroba, contra R$ 240.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. As exportações permanecem em bom nível, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira.

Com isso, a ponta de agulha seguiu em R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro passou de R$ 18,30 o quilo para R$ 19 o quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,17%, sendo negociado a R$ 5,6630 para venda e a R$ 5,6610 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6090 e a máxima de R$ 5,6880. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,93% frente o real.