SANIDADE NA PECUÁRIA

Sanidade animal: Brasil fecha 2025 com reconhecimento histórico e ganha força na pecuária mundial

Reconhecimento internacional como país livre de febre aftosa sem vacinação fortalece a pecuária brasileira e amplia acesso a mercados mais exigentes

Por Cássia Carolina

O Brasil encerra 2025 com um dos avanços mais relevantes da história da defesa agropecuária e consolida sua posição como referência mundial em sanidade animal. O marco foi oficializado nesta quarta-feira (17/12), com a divulgação do balanço do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que destacou o reconhecimento internacional do país como livre de febre aftosa sem vacinação, um passo decisivo para a pecuária nacional.

Sanidade animal: Brasil fecha 2025 com reconhecimento histórico e ganha força na pecuária mundial

FOTO: Agrodefesa l Divulgação

O certificado foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e é resultado de mais de seis décadas de trabalho contínuo e coordenado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/Mapa). Na prática, o novo status sanitário coloca o Brasil em um patamar mais elevado de excelência, ampliando o acesso da produção pecuária a mercados internacionais mais exigentes e fortalecendo a confiança no sistema sanitário brasileiro.

“Esse avanço fortalece a credibilidade do sistema sanitário brasileiro, amplia oportunidades comerciais e gera ganhos diretos de competitividade para o setor produtivo”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

O impacto direto da sanidade animal para o pecuarista

Esse cenário também reforça a importância das boas práticas sanitárias no campo, da vigilância constante e da atuação integrada entre produtores, serviços oficiais e cadeia produtiva.

Resposta rápida fortalece a confiança sanitária

Na área de sanidade animal, a SDA coordenou, entre maio e julho, ações técnicas e de fiscalização diante de casos de adoecimento e morte de equinos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas, associados ao consumo de rações. As medidas envolveram apoio técnico de unidades do LFDA, fiscalizações em fabricantes e distribuidores, análises laboratoriais e cooperação científica com universidades.

Já na sanidade aviária, após a confirmação do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade em granja comercial, em maio, o Mapa adotou medidas imediatas de contenção, incluindo desinfecção, controle rigoroso do trânsito e comunicação transparente aos parceiros comerciais. Após o período de vazio sanitário, o Brasil notificou oficialmente a OMSA e recuperou o status sanitário em apenas um mês.

“Conseguimos controlar em tempo recorde o foco no Rio Grande do Sul e recuperar o status de país livre da doença. Em apenas um mês, alcançamos um volume recorde de abertura de mercados”, reforçou Carlos Goulart.

Digitalização e inspeção fortalecem o setor produtivo

A modernização dos processos foi outro avanço importante. Em 2025, a SDA lançou um novo sistema eletrônico para cadastro e registro de estabelecimentos de produtos de origem animal, agilizando a concessão do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

“Avançamos muito na digitalização da prestação do serviço público, trazendo mais eficiência para o setor produtivo”, ressaltou Goulart.

O fortalecimento do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) também marcou o ano. Entre 2023 e 2025, o número de municípios integrados cresceu mais de 343%, ampliando a formalização de agroindústrias, fortalecendo o SIM e facilitando o acesso a novos mercados.

Com os resultados de 2025, o Mapa reforça que a sanidade animal segue como um dos principais ativos da pecuária brasileira. Para o produtor, o avanço institucional se traduz em mais segurança, confiança do mercado e condições para seguir competitivo em um cenário global cada vez mais exigente.

Categorias:

Sair da versão mobile

Leia também