A última atualização do Monitor de Secas, referente ao mês de fevereiro, aponta um agravamento da seca nos três estados do Sul, devido às chuvas abaixo da média. As informações são da Agência Nacional de Águas (ANA).
No Paraná, entre janeiro e fevereiro, a área com seca se manteve estável no patamar de 98% do estado, percentual que segue desde agosto de 2021. Em termos de severidade, foi observado o ressurgimento da área com seca extrema em 4% do estado, segunda maior severidade na escala do Monitor, a maior desde dezembro de 2020, quando 5% do estado passou por seca extrema. Apesar do agravamento do quadro, o Paraná registrou a menor severidade entre os estados do Sul.
Já o Rio Grande do Sul, no mesmo período, se manteve com 100% de seu território com seca, condição que permanece consecutivamente há 1 ano e 5 meses: desde outubro de 2020. Essa sequência é a segunda maior do Brasil, apenas inferior a 1 ano e 8 meses de seca em Mato Grosso do Sul. O fenômeno se intensificou com o avanço da seca extrema de 10% para 28% do estado, condição mais severa desde a entrada do RS no Mapa do Monitor em agosto de 2020 e a mais intensa dentre os estados do Sul em fevereiro. Com uma área de seca de 281,7 mil km², o Rio Grande do Sul só fica atrás do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso em território total com o registro do fenômeno.
No estado de Santa Catarina, a seca extrema avançou de 13% para 19%, o que representa a maior severidade já observada desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em agosto de 2020. A área total com seca em Santa Catarina seguiu estável em 92% do estado, o que representa o menor percentual de área com o fenômeno dentre os estados do Sul no último mês.