As altas nos valores da pecuária vão estimular negócios durante a temporada de outono, um dos períodos mais tradicionais de vendas do setor, assim como a primavera. A avaliação foi feita pelo leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva. Os indicativos partem já das primeiras feiras e leilões oficiais, como também as vendas particulares.

Foto: Rodrigo Mascarenhas/Divulgação

O especialista salienta que o valor no gado de corte subiu significativamente, como podemos ver nas vendas em Lavras do Sul, que já demonstraram alta de 30% em relação ao ano passado. “Lavras deu R$ 15,14 o macho e R$ 14,87 a fêmea, quando no ano passado tivemos um valor máximo médio de R$ 11,00”. Quanto a reposição do boi gordo também teve alta. “Se considerar que de novembro para cá a subida foi na casa de 20% e estamos achando que esta alta no gado geral e no gado gordo vai se refletir também na genética. Talvez não tenhamos um incremento nesta ordem, mas posso sugerir tranquilamente uma alta de 20% em relação ao ano passado”, destaca.

Ainda segundo o leiloeiro, ele reforça que a retenção no abate de fêmeas em função desta valorização de mercado, pois a pecuária se tornou um ativo muito importante e a redução das matrizes está sendo significativa, o que implica em uma menor oferta e um maior preço. “Estamos muito animados e consideramos que no aspecto liquidez será muito grande. Nas vendas privadas a partir de março, especialmente para o Brasil Central, que compra mais cedo, estão refletindo estes números”, observa.

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