A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) apresentou ao mercado quatro novos índices bioeconômicos, desenvolvidos exclusivamente para objetivos de seleção específicos para atender aos mais diferentes sistemas de produção: sistema de cria (MGTe_CR), sistema de recria e engorda a pasto (MGTe_RE), terminação em confinamento (MGTe_CO) e terminação em confinamento voltado para animais cruzados F1 (MGTe_F1).
A novidade não vem para substituir o tradicional MGTe (Mérito Genético Total Econômico), mas sim considerar outras opções produtivas. Ela também atende às demandas do mercado, sobretudo dos diferentes sistemas de produção e dos novos cenários da pecuária e da economia brasileira, bem como a disponibilidade de novas características de avaliação, que até então não eram contempladas em índices de seleção brasileiros. O objetivo é diversificar, valorizar e auxiliar os criadores tanto na compra quanto na oferta de reprodutores.
Os novos índices poderão ser utilizados na comercialização de animais, além de servir como ferramenta para seleção com base em várias características produtivas que têm grau de importância específica dentro dos diferentes sistemas de produção.
Fernando Baldi, diretor de Pesquisa e Inovação da ANCP, que comanda o projeto, explica que os quatro novos índices tiveram o valor econômico calculado através de um modelo bioeconômico, ou seja, as diferentes características dos novos índices e suas ponderações foram calculadas de forma objetiva. “Simulamos os componentes biológicos e financeiros dos sistemas de cria, recria e engorda da raça Nelore e analisamos dados de mercado e diversos trabalhos científicos disponíveis na literatura”, completa.