O boi gordo brasileiro atingiu pela primeira vez o patamar de US$ 71,00 a arroba. Isso se deve ao fato da sustentação do preço da arroba em R$ 340,00 na praça paulista, ao mesmo tempo em que o dólar registra queda de mais de 12% frente a moeda brasileira no ano, fazendo com que a carne bovina brasileira se torne menos competitiva no mercado estrangeiro e o boi gordo do Brasil se aproxime do valor de comercialização do boi gordo norte-americano.
A maior oferta de animais, baixa fluidez no escoamento de carne bovina no mercado doméstico e desaceleração de vendas para a China, abrem espaço para que a pressão negativa continue. Na B3, o futuro com vencimento para maio/22 fechou a quarta-feira cotado a R$ 328,70 o preço da arroba, e obteve uma variação de -0,48%.
A queda do dólar distancia o milho brasileiro da exportação, que estava sustentando os preços internos, levando recuo para a saca em Campinas/SP que se aproxima dos R$100,00/sc. A moeda norte-americana também pressiona desvalorizações nos futuros de milho na B3, com o vencimento mai/22 recuando 1,01% e valendo R$ 98,43/sc ao final do pregão.
Em Chicago, as expectativas de que o plantio da safra do cereal na Ucrânia seja afetado pela guerra deu suporte para o movimento de alta nas cotações. O vencimento mai/22 encerrou o pregão em US$ 7,58/bu com valorização de 0,63%.