Brasil avança rumo ao status de livre de febre aftosa sem vacinação

Brasil avança no reconhecimento internacional como país livre de febre aftosa sem vacinação. Decisão final será votada em maio pela OMS, impactando a pecuária e o comércio

Por Carla Silva

A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OMS) deu um passo importante ao aprovar o pedido do Brasil e da Bolívia para o reconhecimento de seus territórios como livres da febre aftosa sem necessidade de vacinação. Apesar do avanço, a decisão ainda precisa ser votada pelos países-membros da entidade, o que deve ocorrer em maio, durante uma reunião em Paris, na França.

Foto: Divulgação/Girolando

Um marco para a pecuária brasileira

O Brasil já havia se autodeclarado livre da doença em maio do ano passado, consolidando um avanço significativo para a pecuária nacional. Segundo Izabelle Jardim, consultora do Departamento Internacional da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), esse reconhecimento reforça a solidez do sistema sanitário do país e reflete o sucesso das ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.

“O trabalho conjunto do Ministério da Agricultura, das secretarias estaduais e, principalmente, dos produtores rurais, que estiveram na linha de frente desse processo, foi fundamental para alcançarmos esse patamar”, afirmou Izabelle.

Impacto no mercado e na movimentação de animais

Durante sua participação no programa Mercado & Companhia, Izabelle destacou que o novo status sanitário coloca o Brasil em uma posição privilegiada no cenário global.

“Alcançamos um patamar superior ao de muitos outros países, o que abre portas para novos mercados e fortalece nossa pecuária. Isso comprova a robustez do nosso setor agropecuário e a eficiência das políticas sanitárias adotadas”, ressaltou.

Além dos benefícios comerciais, a especialista apontou que a unificação do status sanitário em todo o território nacional deve facilitar o trânsito de animais dentro do país, promovendo maior eficiência logística e reduzindo custos para os pecuaristas.

Agora, resta aguardar a decisão final dos países-membros da OMS em maio, um passo que pode consolidar ainda mais a posição do Brasil como referência em sanidade animal no cenário mundial.

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