Brasil negocia reabertura de frigoríficos suspensos pela China

Governo brasileiro negocia com a China para reverter a suspensão de três frigoríficos e retomar exportações de carne bovina. Saiba os impactos e medidas adotadas

Por Carla Silva- Estadão Conteúdo

O Ministério da Agricultura está em negociação com a China para restabelecer as exportações de três frigoríficos brasileiros suspensos pelo país asiático. O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, informou que o governo está em contato com representantes da indústria de proteína bovina e autoridades chinesas para resolver as questões levantadas e permitir a retomada das exportações dessas unidades.

Foto: Governo de Rondônia

“Seguimos dialogando com o setor privado exportador e com as autoridades chinesas para solucionar os pontos questionados e restabelecer as exportações. O Brasil segue demonstrando um forte compromisso com a defesa agropecuária, reforçando a credibilidade do setor no mercado internacional”, afirmou Goulart.

China suspende três frigoríficos brasileiros

A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou a suspensão temporária de três plantas frigoríficas brasileiras. As unidades afetadas pertencem à JBS, localizada em Mozarlândia (GO), Frisa, em Nanuque (MG), e Bon Mart, em Presidente Prudente (SP).

Impacto da decisão chinesa e posicionamento do governo

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, minimizou o impacto da medida, ressaltando que o Brasil possui um total de 126 plantas frigoríficas habilitadas para exportar carne bovina para a China.

“Quando assumimos, 12 plantas estavam suspensas. Conseguimos reverter essa situação e abrir mais 43 unidades, totalizando 126 frigoríficos habilitados. Por isso, a suspensão dessas três plantas não compromete significativamente a relação comercial entre os dois países”, declarou Fávaro.

A China é o principal mercado para a carne bovina brasileira, e as exportações para o país são estratégicas para o agronegócio nacional. Segundo o ministro, os cortes enviados para o mercado chinês possuem baixo consumo interno, o que contribui para um equilíbrio nos preços do mercado nacional.

“A exportação é benéfica para a formação de preços, garantindo melhor valorização do setor”, concluiu Fávaro.

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