A decisão do governo da China de prorrogar por três meses a investigação sobre carne bovina importada trouxe alívio para o setor pecuário brasileiro. A medida adiou para 26 de novembro a possível imposição de salvaguardas comerciais que poderiam afetar diretamente os embarques do Brasil, maior fornecedor do produto ao mercado chinês.

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A investigação foi aberta em dezembro de 2024, a pedido de representantes da indústria e de pecuaristas chineses, que alegam prejuízos causados pelo aumento das importações nos últimos cinco anos. Embora o processo não seja direcionado exclusivamente ao Brasil, ele inclui os principais exportadores da proteína, como Austrália, Estados Unidos, União Europeia e Nova Zelândia.
Conforme divulgou o jornal Valor Econômico nesta terça-feira (6/8), o Ministério do Comércio da China informou que o adiamento da decisão ocorreu por conta da “complexidade do caso”. A extensão do prazo foi vista com bons olhos por representantes do setor produtivo no Brasil, que enfrentam um cenário externo de tensão comercial, especialmente após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira.