Na busca por soluções que aliem produtividade e sustentabilidade no setor pecuário, a técnica de consórcio em pastagens vem se destacando como uma prática que integra diferentes espécies vegetais nas áreas de pastoreio e tem o potencial de revolucionar a alimentação animal e a fertilidade do solo. A metodologia gera impactos positivos diretos na produção de leite e no ganho de peso dos animais.
Segundo a professora e especialista em pastagem, Janaina Martuscello, o consórcio entre gramíneas e leguminosas reside na capacidade destas últimas de fixar biologicamente o nitrogênio do ar, graças à simbiose com bactérias presentes em seus nódulos radiculares. Esse processo natural reduz a necessidade de adubação nitrogenada, diminuindo significativamente os custos de manutenção das pastagens.
Além do aspecto econômico, as leguminosas são reconhecidas por seu alto valor nutritivo, superando as gramíneas em teor proteico e baixa fibra, o que contribui para a melhoria da dieta animal e, consequentemente, para um melhor desempenho dos rebanhos.