Uma pesquisa inédita desenvolveu um bioinseticida natural capaz de controlar a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). O estudo tem como objetivo controlar as pragas na lavoura de milho de maneira sustentável, através da manipulação de fungos.
A pesquisa foi desenvolvido por cientistas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade de Copenhague (KU), na Dinamarca e conta com método de fermentação líquida do fungo Metarhizium robertsii que resulta em leveduras chamadas blastosporos. Essas células podem ser diluídas e veiculadas com água, são tolerantes à dessecação e controlam adultos da cigarrinha após pulverização, pois rapidamente germinam e infectam o inseto pela cutícula, matando-o em poucos dias. Como é específico para a praga-alvo, preserva a fauna e a flora locais.
De acordo com a Embrapa, a produção de fungos biocontroladores de pragas é de baixo custo, eficiente e produz grande quantidade de blastosporos em apenas dois dias de cultivo. Além disso, o produto pode ser aplicado via aérea ou terrestre, como é feito na forma convencional com os inseticidas químicos, o que facilita para o produtor usar equipamentos de aplicação já existentes em sua propriedade.