ECONOMIA

Forrageiras movimentam R$ 1,4 bilhão ao ano

Brasil lidera produção e exportação mundial de sementes de pastagens

Por Redação Canal do Criador

A pecuária nacional é complexa, diversas vertentes econômicas podem ser adquiridas dentro do setor, como a produção e exportação de sementes de pastagem. Um mercado que movimenta mais de R$ 1,4 bilhão ao ano.

De acordo com o levantamento, realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste, o país é líder mundial na produção, consumo e exportação de sementes forrageiras. Esse mercado movimenta mais de R$ 1,4 bilhão ao ano, sendo que as gramíneas forrageiras tropicais (como a braquiária) representam a maior parte desse mercado.

O trabalho de pesquisa da Embrapa, traz informações tecnológicas sobre as cultivares e o mercado de sementes. O levantamento foi feito com base em dados sobre o mercado legal de sementes e mudas de forrageiras. As forrageiras desenvolvidas e adaptadas para a produção animal em pastagens contribuem para que o Brasil mantenha essa posição nas proteínas.

O trabalho é assinado por vários pesquisadores. Segundo o Censo Agropecuário Brasileiro (IBGE, 2018), a área total de pastagens, tanto naturais quanto plantadas, é de 158,6 milhões de hectares. Setenta por cento são pastagens plantadas. Desde 1999 foram registradas 54 cultivares de forrageiras no RNC/ MAPA. Entre elas estão plantas de cobertura/ rotação – gramíneas e leguminosas- anuais; leguminosas forrageiras tropicais; gramíneas forrageiras tropicais – perenes; gramíneas forrageiras temperadas/tropicais – anuais.

A Embrapa é o mantenedor com maior número de cultivares de forrageiras registradas com 49 cultivares cujo registro permite a produção e comercialização legalizadas no Brasil. Os capins Brachiaria brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Mombaça, desenvolvidos pela Embrapa, corresponderam a cerca de 70% da produção de sementes, considerando as cinco principais forrageiras tropicais cultivadas no país na safra 2018/2019.

Entre 2012 e 2019, observou-se um aumento no número de cultivares de forrageiras registradas e/ou protegidas no Brasil. A Argentina se destaca com o maior número de cultivares protegidas na União para a Proteção das Obtenções Vegetais (UPOV). O Brasil, por outro lado, tem o maior número de espécies diferentes de forrageiras protegidas na UPOV. O órgão internacional é encarregado de administrar os tratados relativos à proteção de variedades de plantas.

O estudo também destaca que o mercado de sementes recobertas e tratadas cresce a cada ano. “Os produtores estão mais exigentes e buscam sementes de melhor qualidade, como já ocorre com outras culturas, como a soja, por exemplo”, destaca um dos autores do levantamento, o médico veterinário Hélio Omote.

Fonte: Embrapa Sudeste Pecuária

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