O tratamento de esgoto em áreas rurais sempre foi um desafio significativo, e muitas residências ainda recorrem a métodos antiquados, como o descarte em valas abertas, que além de poluir o meio ambiente, representam um risco para a saúde pública. O pesquisador da Embrapa, Marcelo Otenio, destaca que essa prática pode levar a contaminação da água consumida pela própria comunidade, aumentando o risco de doenças.
Para solucionar o problema a Embrapa sugere a fossa séptica biodigestora. Construída com caixas d’água de 1000 litros, a tecnologia utiliza esterco bovino para tratar o esgoto de forma eficaz. Segundo Otenio, a fossa é capaz de atender uma família de cinco a sete pessoas, transformando o esgoto em biofertilizante líquido, que pode ser usado em áreas de fruteiras, contribuindo para a agricultura sustentável.
O processo envolve a colocação de esterco bovino fresco na primeira caixa, que atua como um biodigestor. Conforme o pesquisador a manutenção é simples, exigindo a adição mensal de 5 litros de esterco e 5 litros de água. Otenio ressalta a importância de evitar produtos à base de cloro no banheiro, que podem prejudicar o funcionamento da fossa, mas permite o uso de detergentes, sabões e óleos essenciais.
Esta inovação como solução não apenas resolve o problema ambiental, mas também promove a saúde pública, reduzindo a exposição a agentes patogênicos. Além disso, ao transformar resíduos em biofertilizantes, contribui para um ciclo agrícola mais sustentável.
