DE OLHO NO MERCADO
Impactos do conflito Israel-Hamas no agronegócio brasileiro
O analista de mercado Pedro Gonçalves traz uma análise dos impactos do conflito no Oriente Médio no agronegócio
Desde a alta do petróleo até o risco de inflação e aumento nos preços dos alimentos, o analista de mercado Pedro Gonçalves destaca a preocupação com a alta do petróleo e as possíveis consequências para o custo de produção no Brasil.
No mais recente boletim “De Olho No Mercado”, no Canal do Criador, Pedro ressalta as repercussões do conflito entre Israel e Hamas para o agronegócio brasileiro e observa um aumento de 4% no preço do petróleo, o que pode resultar na elevação dos custos de combustíveis como gasolina e óleo diesel. Esses insumos são vitais para o setor agropecuário, impactando diretamente na logística e na operação de máquinas agrícolas.
O analista também aponta que as exportações de carne bovina para Israel não devem sofrer grandes impactos. Os portos israelenses continuam operando normalmente, e as áreas de lançamento de mísseis pelo grupo Hamas não afetaram as zonas de comércio. Além disso, as exportações para Israel representam apenas 1% do total brasileiro, um número pequeno se comparado ao gigantesco mercado chinês, que absorve entre 60% e 70% das exportações brasileiras de carne bovina.
Ainda conforme Gonçalves, o Brasil, altamente dependente da importação de fertilizantes, especialmente da Rússia e de Israel, enfrenta incertezas. O cloreto de potássio, um insumo crucial importado de Israel, é uma preocupação, embora as principais empresas produtoras estejam localizadas longe das zonas de conflito. Ainda assim, o analista alerta para o risco de inflação e aumento nos preços dos alimentos, caso a produção de fertilizantes seja afetada. Confira, a seguir, a análise completa do analista.
Pedro Gonçalves conclui que, por enquanto, o impacto não é significativo, mas é crucial manter-se vigilante quanto à duração e escalada do conflito. O custo de produção agrícola, não só no Brasil mas em todo o mundo, pode ser afetado pela alta dos combustíveis, reforçando a necessidade de estratégias de mitigação e adaptação por parte dos produtores.
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