Em evento realizado na noite desta terça-feira, 30, em parceria do Instituto Desenvolve Pecuária, com a Embrapa Pecuária Sul e o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), foi discutido os prejuízos causados pela intoxicação da planta Maria-Mole (Senecio).
A planta é responsável pela intoxicação de animais à campo, causando em bovinos e ovinos uma toxicose evolutiva e irreversível.
O primeiro a falar foi o pesquisador do IPVDF Fernando Castilhos Karam. Inicialmente, o especialista mostrou que existem 131 plantas tóxicas pertencentes a 79 gêneros, sendo que em uma população de 172 milhões de bovinos, 5% morrem anualmente por diversas causas, mas de 10% a 14% desses casos são por plantas tóxicas.
O especialista salientou que de 30 mil a 42 mil bovinos por ano morrem por causa da Maria-Mole no território gaúcho, o que representa 50% dos óbitos por consumo de plantas tóxicas. “Para ter uma ideia de perda econômica, fazendo uma média de valores por região, é uma grande perda. Se somarmos perdas indiretas pela baixa produção, esse valor aumenta muito”, destacou.