O governo federal deve anunciar até terça-feira (12/8) o tão aguardado plano de contingência ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Um dos focos da medida será o impacto sobre setores com forte vocação exportadora, como o de carne bovina, que figura entre os mais afetados.

FOTO: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A informação foi confirmada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que destacou a criação de uma “régua” para mensurar o grau de exposição de cada segmento ao mercado norte-americano. Segundo ele, o objetivo é tornar o apoio governamental mais preciso e direcionado às empresas que realmente sofrem com a nova alíquota de 50%.
“Há setores em que mais de 90% [da produção] vai para o mercado interno, com exportações de 5%, no máximo 10%. E tem setores em que metade do que se produz é para exportar. E tem setores que exportam mais da metade para os Estados Unidos. Então, foram muito expostos, estão muito expostos”, afirmou Alckmin, em entrevista nesta sexta-feira (8/8).
Embora tenha citado especificamente o setor de pescados, como o caso do atum e da tilápia, a lógica do plano de contingência também se aplica à cadeia da carne bovina, uma das mais relevantes para a balança comercial do agro brasileiro.