O preço da carne nos Estados Unidos atingiu patamares recordes e deve continuar em alta pelos próximos anos, segundo análise publicada pelo jornal Exame. A disparada preocupa consumidores americanos, mas também abre espaço para reflexões estratégicas ao pecuarista brasileiro, que tem nos EUA um dos principais compradores de carne bovina.

FOTO: Reprodução l Anderson Farm
Menor rebanho em décadas pressiona o mercado
Em julho, a carne moída no varejo norte-americano registrou aumento de 3,9%, acumulando alta de 15,3% em apenas seis meses. O preço médio chegou a US$ 6,34 por libra (cerca de R$ 75/kg), segundo dados do Bureau of Labor Statistics (BLS). Já a carne para churrasco alcançou US$ 11,88 por libra, o equivalente a quase R$ 130/kg, com alta de 9% no semestre.
Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a oferta reduzida é resultado da combinação entre queda no rebanho bovino, que hoje é o menor desde 1952, e custos elevados com alimentação, agravados por períodos de seca no oeste do país. O inventário caiu de 92,6 milhões de cabeças em 2021 para 86,6 milhões atualmente.