Neste boletim “Dicas de Especialistas”, João Paulo Schneider, o Kaju, diretor comercial da GAP Genética, traz as diferenças entre o manejo dos animais de raças britânicas e zebuínas.
As raças zebuínas foram trazidas da Índia, um ambiente úmido e quente, e por isso se adaptaram bem ao clima do Brasil. A pecuária brasileira se desenvolveu com os zebuínos, que têm bastante fertilidade e rendimento de carcaça, além de necessitarem menos mão-de-obra para serem produzidos. A principal característica favorável destes é a rusticidade, com pelo curto, pigmentação preta por trás, resistindo às radiações solares, e pelame branco, que auxilia no calor.
Já as raças britânicas são precoces, tanto em terminação quanto em acabamento, de ciclo curto, possuem maior habilidade materna e foram desenvolvidas para a qualidade da carne, que é mais macia. A criação original desses animais é feita em regiões mais frias e portanto eles se adaptam melhor na região sul, além de se desempenharem muito bem em sistemas intensivos. Seu principal ponto negativo é a dificuldade no controle de carrapatos devido a maior quantidade de pêlos. Porém, as raças britânicas têm alto potencial de produção por uma quantidade pequena de tempo, sendo também muito vantajosas.