As chuvas que encerram o período seco trazem alívio aos pastos, mas também um alerta aos produtores de leite: o aumento da umidade e o acúmulo de matéria orgânica nos locais onde os animais convivem e transitam favorecem o surgimento da mastite ambiental, uma das principais causas de queda na produção e de perdas econômicas nas fazendas brasileiras.

FOTO: Biogénesis Bagó l Divulgação
Segundo o médico-veterinário e gerente de Produtos & Trade da Biogénesis Bagó, João Paulo Lollato, a infecção afeta diretamente o volume e a qualidade do leite, gerando prejuízos significativos ao produtor. De acordo com estudo da Universidade Estadual do Norte do Paraná, as perdas associadas à mastite somam até 1,75 bilhão de litros de leite por ano no país.
A mastite ambiental é provocada por bactérias presentes no ambiente, como Escherichia coli e Klebsiella, que se multiplicam rapidamente em camas úmidas e mal manejadas. “Durante a estação chuvosa, a carga bacteriana aumenta muito, elevando o risco de infecção. O controle passa por uma combinação de boas práticas de manejo, higiene e imunização preventiva”, explica Lollato.