NUTRIÇÃO ANIMAL
Seca chegou? Saiba como enfrentar o período sem perder produtividade
Redução de chuvas e pasto seco podem comprometer o desempenho do rebanho; veja como minimizar os impactos com suplementação adequada

FOTO: Divulgação l De Heus
A seca durante o inverno é um dos maiores desafios enfrentados pela pecuária de corte no Brasil, especialmente para o segmento de ruminantes. Com a queda das temperaturas e a drástica redução das chuvas, o problema se intensifica em regiões como Centro-Oeste, Sudeste, e em estados como Bahia e Tocantins, áreas centrais para a produção nacional.
Nesse cenário, a formação de pasto é severamente comprometida, resultando na escassez de volumoso e na perda de qualidade nutricional das forragens. Isso afeta diretamente a capacidade de manutenção do rebanho a pasto, provocando perdas de desempenho, redução do ganho de peso e queda na taxa de prenhez, principalmente quando não há suplementação adequada.
Segundo o especialista Olavo Lopes, da De Heus Brasil, o impacto desse período é inevitável para quem não se antecipa. “Há perda de escore de condição corporal e redução no ganho médio diário. Sem suplementação, o prejuízo é certo”, afirma.
Para evitar perdas, é essencial que o pecuarista adote estratégias nutricionais ajustadas à realidade da fazenda. Lopes recomenda atenção a três pontos principais:
- Suplementação direcionada: Se há falta de volumoso, entram em cena suplementos de maior consumo. Já com pasto seco, mas em volume suficiente, é possível utilizar suplementação de baixo consumo que melhora a digestibilidade.
- Ajuste de lotação e acesso à água: São medidas complementares que ajudam a manter a saúde e o desempenho dos animais.
- Preservação das matrizes: Fundamental para garantir bons índices na estação de monta que se segue ao período seco.

FOTO: Divulgação l De Heus
Suplementação contínua e estratégica para o período seco
Entre as soluções adotadas por pecuaristas, ganha destaque a tecnologia MUB (Mistura de Umidade Baixa), desenvolvida pela De Heus. O suplemento oferece proteína, energia e minerais de forma contínua, mesmo com o pasto seco, e tem se mostrado uma alternativa prática e eficaz para manter o desempenho dos animais durante o período crítico.
“Na prática, o MUB incrementa a digestibilidade do volumoso seco e permite um melhor aproveitamento da forragem disponível. Isso reflete diretamente no desempenho do rebanho”, explica Lopes.
O produtor Ulisses Bogaz Prato, da Fazenda Rancho Alegre (SP), utilizou o MUB Beef Perform durante uma seca severa e colheu bons resultados: 93% de taxa de prenhez e apenas 5% de absorção fetal. “Tudo isso, com as vacas sendo mantidas exclusivamente no MUB”, destaca.
Além da eficiência zootécnica, o produto também apresenta vantagens operacionais, como menor necessidade de reposição e redução do desperdício, o que contribui para uma gestão mais equilibrada dos custos.
O planejamento é a melhor defesa contra a seca
Mesmo que o pecuarista não tenha se antecipado, ainda é possível minimizar as perdas com o período de seca com ações imediatas e bem direcionadas. O mais importante é entender que o período de seca exige mudanças na rotina da fazenda, e a nutrição é um dos pilares dessa adaptação.