A possível imposição de uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira por parte dos Estados Unidos gerou incertezas no setor, mas não chega a abalar a confiança dos produtores. É o que afirma o presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Maurício Velloso, em entrevista ao Canal Rural.

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Segundo ele, embora os Estados Unidos tenham se tornado um mercado crescente para a proteína brasileira — com alta de 104% nas compras entre 2024 e o primeiro semestre de 2025 —, o país ainda representa uma parcela pequena das exportações totais do Brasil. “Exportamos para mais de 160 países. As 185 mil toneladas embarcadas aos EUA podem ser facilmente diluídas em outros mercados”, afirma.
Reação do setor à tentativa de pressão nos preços
Velloso também condena a tentativa de alguns frigoríficos em reduzir o valor pago ao pecuarista sob a justificativa da nova tarifa. “Isso vai contra os interesses de toda a cadeia produtiva. O pecuarista não pode ser penalizado por uma decisão política externa”, destaca.