Aftosa: dez estados e Distrito Federal deixarão de imunizar rebanho em 2023
Em uma decisão unânime, o bloco IV, composto por 10 estados (BA, SE, RJ, SP, MG, GO, MT, TO, MS, ES e DF) e o Distrito Federal, optou por imunizar seus rebanhos contra a febre aftosa até 31 dezembro de 2022. A postura de seguir conjuntamente e adotar a descontinuidade da vacina a partir de 2023 foi anunciada na última quarta-feira, 22, durante reunião virtual da Comissão de Coordenadores dos Grupos Estaduais (CCGE), conduzida pelo presidente do bloco, Humberto Miranda, que também preside o Sistema Faeb/Senar. A decisão conjunta será encaminhada para apreciação do Ministério da Agricultura (Mapa) e, se aprovada, será estabelecida em todos os estados que integram essa divisa sanitária.
Este foi o quarto encontro do grupo para debater o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), promovido pelo Mapa e que reúne instituições públicas e privadas ligadas ao setor agropecuário. Os estados que compõem esse bloco já são considerados zona livre de febre aftosa com vacinação e agora pleiteiam o status de zona livre sem o uso do imunizante. Para tanto, eles precisam cumprir rigorosos critérios técnicos e sanitários estabelecidos pelo Mapa.
- Febre aftosa: Bahia já teria executado mais de 80% das ações previstas para erradicação
- Sustentabilidade: Se produtor rural não cuidar da terra, será o primeiro a ‘pagar a conta’, diz presidente da Farsul
No encontro, cada estado apresentou os resultados alcançados. A Bahia já executou, dentro do prazo, 84,09% das ações previstas para o período de 2017 a 2026, mas segue na busca de soluções para os gargalos.
“Chegamos ao consenso de que seria mais fácil enfrentar as dificuldades se administrarmos conjuntamente do que se adotarmos medidas individuais e isoladas. Por isso, seguiremos em bloco, com aplicação da última vacina em novembro de 2022, para iniciarmos 2023 com um plano sanitário seguro, o que passa pela união de educação sanitária e comunicação; pelo controle de trânsito de animais; reforço nas barreiras sanitárias; e investimento em recursos humanos, com a formação de um corpo técnico qualificado para atuar na fiscalização. Só assim a vacina será extinguida, proporcionando segurança aos pecuaristas e a toda população, de forma a desonerar os custos do criador e do consumidor”, avaliou Miranda, certo de que precisa avançar no Plano de Trabalho.
A reunião também serviu para discutir o planejamento das próximas iniciativas do Bloco IV, que contabiliza mais 130 milhões de cabeça de gado, detendo mais de 60% do rebanho brasileiro de bovinos e bubalinos. Entre as ações previstas estão a mobilização e o envolvimento dos setores produtivos, através da realização de Fóruns Estaduais; o fortalecimento dos Serviços Veterinários Oficiais – SVO; a sustentação financeira, por meio do fortalecimento dos fundos; uniformidade dos cadastros de propriedades rurais e a geolocalização das propriedades.
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa tem como objetivo principal criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios às entidades envolvidas e à sociedade brasileira.
VEJA TAMBÉM
Carne bovina: preço da arroba em agosto tem recuo de 9,21% em Mato Grosso no comparativo anual
O mercado físico do boi registrou queda em agosto, mas a B3 apontou recuperação no mercado futuro a partir de setembro em MT. Em agosto, –
Leia MaisCarne bovina: Argentina aumentará exportações para 34,5 mil toneladas mensais
O governo argentino comunicará nas próximas horas que poderá exportar cerca de 34.500 toneladas por mês a partir de 1o de setembro, contra a média –
Leia MaisCarnes: nova diretoria do Sicadergs toma posse
A nova diretoria do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) tomou posse na última sexta-feira (26) com muitos –
Leia MaisFrango: preço da carne recua neste fim de mês
Com o avanço da segunda quinzena do mês, a procura doméstica por carne de frango está se enfraquecendo, movimento verificado em todas as regiões acompanhadas –
Leia MaisBoi: poder de compra de pecuarista recua no mês
Com o recuo no preço da arroba do boi gordo, o poder de compra de pecuaristas frente aos insumos de alimentação (milho e farelo de –
Leia MaisSuínos: poder de compra segue favorável ao produtor, aponta o Cepea
O poder de compra de suinocultores paulistas vem avançando nesta parcial de agosto, de acordo com pesquisas do Cepea. Esse cenário favorável ao suinocultor foi –
Leia MaisCarne bovina: exportação atinge 128,548 mil toneladas em agosto
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 804,088 milhões em agosto (15 dias úteis), com média diária de US$ –
Leia MaisCarnes: preço pago pelo quilo do suíno independente no RS segue em R$ 6,89
A Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no Rio Grande do Sul apontou estabilidade no preço pago ao suinocultor independente –
Leia MaisCNA discute ações para cadeias de aves e suínos
A Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA discutiu, na quinta (18), as expectativas para os mercados de frango de corte e suínos e –
Leia MaisFrango: valor da carne acompanha oferta local e diverge dentre regiões
Os preços dos produtos de origem avícola registraram movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea no período entre 10 e 17 de agosto. Enquanto –
Leia Mais