Os preços dos ovos comerciais não registram alterações significativas há duas semanas, apesar do período de início de mês e do consequente aumento no poder de compra de parte da população, devido ao pagamento dos salários.
Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário está relacionado às atuais condições de oferta e demanda, que não têm permitido o aumento dos preços por parte de produtores e distribuidores. Com o poder de compra do consumidor limitado pela inflação elevada, as vendas, de modo geral, têm diminuído, reduzindo a liquidez dos ovos. Apesar da estabilidade das cotações da proteína, os custos de produção também têm recuado, com desvalorizações do milho e do farelo de soja, dois dos principais insumos consumidos na avicultura de postura. Esse contexto de menor pressão dos insumos permite que vendedores não precisem subir os valores enquanto a demanda seguir desfavorável. Vale ressaltar, inclusive, que a baixa procura por ovos tem levado vendedores a conceder descontos nas vendas.