Secar e armazenar grãos para ração aumenta rentabilidade, diz Emater
Na região de Santa Rosa (RS), produtores tem adotado uma nova estratégia para secagem e armazenamento de grãos através de um projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar. O projeto buscar dar maior autonomia para os produtores e melhor controle na manutenção da qualidade dos grãos e ainda contemplar a necessidade e a realidade de cada propriedade, desde pequenas unidades, com baixo custo, até estruturas completas, automatizadas.
Um dos projetos recém implantados foi na propriedade de João Eduardo Wille, no município de Linha Pitanga. Foram construídos dois silos com capacidade para armazenar duas mil sacas de milho, cujos grãos são destinados para ração do gado de leite, o que favorece para um menor custo de produção e maior qualidade na dieta fornecida. Junto aos silos secadores, foi construído uma fábrica de ração, que por sua vez já tritura e mistura os insumos automaticamente, reduzindo a necessidade de mão de obra.
O produtor possui 120 vacas (99 vacas em lactação e 21 secas) e 45 novilhas e terneiras, sendo produzidos em média 78.250 litros de leite por mês. Na propriedade trabalham três membros da família e mais três colaboradores, uma vez que além do leite são terminados 1.700 suínos por lote e produzidos milho silagem, milho grão, feno e pastagens. O produtor ainda ressalta que após implantar o sistema, obteve uma redução do custo da ração, que é produzida e aproveitada na propriedade, além de ter maior autonomia e facilidade no trabalho.
Para a instalação dos silos e da fábrica de ração, foram investidos aproximadamente R$ 270 mil, dos quais 165 mil foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% a 4% ao ano. O restante é oriundo de recursos próprios.
- Veja passo a passo como transformar uma produção convencional em agroflorestal
- Casal de SC implanta sistema que permite algo raro na produção de leite: tirar férias
O extensionista da Emater/RS-Ascar Elir Paulo Pasquetti, também destaca a aplicação do projeto na cidade de Nova Candelária, pois já foram construídos 14 silos secadores e armazenadores de alvenaria com capacidade de secar e armazenar 11.800 sacas, o que corresponde à produção de aproximadamente 98 hectares de milho, que está sendo estocada nas propriedades. Ele ainda ressalta que a secagem e a armazenagem dentro da propriedade reduzem custos com transporte, taxas de limpeza e secagem. Além disso, contribui para um milho de excelente qualidade a um custo menor ao produtor, possibilitando uma maior renda na produção do leite.
VEJA TAMBÉM
Carne bovina: empresa do México visita Argentina para iniciar exportação
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Rodolfo Acerbi, conduziu uma reunião final com uma delegação da empresa mexicana de alimentos Sigma, onde –
Leia MaisCarne bovina: custo de produção aumenta em Mato Grosso
O custo de produção da pecuária de corte em Mato Grosso em 2022 seguiu com a tendência de alta observada desde 2018. Segundo os dados –
Leia MaisOvos: poder de compra do avicultor cai pelo 5º mês consecutivo
Os preços dos ovos comerciais continuam em queda em janeiro frente aos de dezembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Já os valores –
Leia MaisCarne bovina: exportações da Argentina geram US$ 3,431 bi em 2022
As exportações argentinas de carne bovina renderam US$ 3,431 bilhões em 2022, um aumento de mais de US$ 640 milhões do que no ano anterior, –
Leia MaisABCS diz que 84,1% do rebanho suíno de Alagoas foi vacinado contra a PSC
Em boletim divulgado na última sexta-feira (27), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) informou que até agora, em 58 dias de trabalho, foram –
Leia MaisCarnes: 48% do rebanho bovino da Argentina é afetado pela seca
De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), com dados do Sistema de Informação sobre Secas para a América do Sul (SISSA), 48% –
Leia MaisFrango: preço da carne de frango está em movimento de queda desde de dezembro
Os preços da carne de frango, negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, estão em queda desde dezembro de 2022, com o movimento se –
Leia MaisBoi: diferença entre os valores médios de macho e fêmea é recorde
A diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar –
Leia MaisCarne suína: exportações atingem 53,980 mil toneladas em janeiro
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 134,583 milhões em janeiro (15 dias úteis), com média diária de US$ 8,972 milhões. –
Leia MaisFrango: queda no preço do frango e alta nos insumos pressionam poder de compra do avicultor
As cotações do frango vivo têm registrado forte queda entre as médias de dezembro de 2022 e da parcial de janeiro (até o dia 18). –
Leia Mais