Boi: arroba bate recorde no indicador Cepea, mas contrato futuro segue em baixa
O indicador do boi gordo do Cepea subiu e renovou a máxima histórica da série ao superar os R$ 320 por arroba na última sexta-feira. A cotação variou 0,63% em relação ao dia anterior e passou de R$ 318,90 para R$ 320,90 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,12%. Em 12 meses, os preços alcançaram 51,12% de alta.
Por outro lado, na B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram novamente e seguem em movimento de contraposição à firmeza do mercado físico. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,30 para R$ 316,55, do outubro foi de R$ 325,15 para R$ 321,45 e do novembro, de R$ 328,45 para R$ 324,70 por arroba.
Segundo o analista de mercado Fernando Iglesias, a semana começa com uma movimentação diferente, com um pouco mais de folga nas escalas de abate. “Vemos um mercado um pouco mais confortável, dando essa folga para os frigoríficos pagarem um pouco menos’.
A questão do mercado futuro, avalia ele, é o mercado precificando a diminuição de demanda por parte da China. “A gente vê um movimento de queda bastante intenso na B3 na semana passada, principalmente nos conectarmos no primeiro semestre. O mercado precificou uma expectativa de queda de compras da China e isso ligou o sinal de alerta no mercado braisleiro. Vemos uma queda histórica de preços na suinocultura (chinesa), o que significa aumento da oferta doméstica. A gente percebe que vive um sinal de alerta para o nosso segundo semestre em 2021”, explicou.
Enquanto isso, o pecuarista aqui no Brasil tenta se equilibrar com os custos da produção. “São custos bastante elevados, principalmente da nutrição, isso tem um impacto muito grande. Nessa curva futura do contrato em outubro, talvez não tenha um estímulo tão grande para confinamento”.
Apesar de todos os cenários, o boi padrão china continua muito demandado. “Temos negociação a R$ 320, mas na semana passada batemos R$ 325. Continua muito demandado”.
VEJA TAMBÉM
Exportações de carne bovina recuam 18% em maio
As exportações de carne bovina recuaram 18% ante o mesmo mês do ano passado e 1,4% em relação a abril, para 149,8 mil toneladas, segundo –
Leia MaisLavoura de milho SP sofre com seca e ataque de pragas; veja relato
No Sudoeste paulista, além da falta de chuva regular a lavoura de milho sofreu com o ataque de percevejos e cigarrinhas. O Engenheiro agrônomo e –
Leia MaisMilho: colheita da 2ª safra segue em 1% no Paraná
A colheita da 2ª safra de milho do Paraná segue em 1% da área cultivada de 2,519 milhões de hectares, que deve subir 9% frente –
Leia MaisProdução de ovos cresce no primeiro trimestre mesmo com custo alto
A produção de ovos de galinha no primeiro trimestre deste ano foi de 978,25 milhões de dúzias, 0,3% maior que o apurado no primeiro trimestre –
Leia MaisAquisição de leite cru tem melhor 1º trimestre da história, diz IBGE
De acordo com a pesquisa do IBGE, a aquisição do leite cru no primeiro trimestre deste ano foi de 6,56 bilhões de litros, um aumento –
Leia MaisBRF investirá US$ 46 mi até 2023 para ampliar produção de frango na Turquia
A BRF investirá US$ 46 milhões na Turquia até 2023 para aumentar a capacidade de produção das linhas de frango e de produtos de alto –
Leia MaisBoi: tendência é de preço firme na arroba nas próximas semanas, diz Scot
Apesar de um dia lento na comercialização, os preços da arroba do boi gordo subiram nesta segunda-feira, 7. Segundo Thayná Drugowick, analista de mercado da –
Leia MaisInseminação artificial: comércio de sêmen bovino cresce 39% no 1º trimestre
O mercado de inseminação artificial de bovinos no Brasil tem ganhado espaço diante do crescente interesse dos criadores pelo melhoramento genético e maior produtividade em –
Leia MaisBrasil exporta 83,1 mil toneladas de carnes de aves na 1ª semana de junho
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 206,106 milhões em junho (3 dias úteis), –
Leia MaisCarne bovina: Brasil exporta 24 mil toneladas na parcial de junho
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 123,937 milhões em junho (3 dias úteis), com média diária de US$ –
Leia Mais